Ano: 2006
Com: Shauna Macdonald, Natalie Jackson Mendoza, Alex Reid, Saskia Mulder, MyAnna Buring, Nora-Jane Noone
Direção: Neil Marshall
Argumento: Um ano após um acidente que matou seu marido e sua filha, Sarah encontra-se com cinco amigas para explorar uma caverna. A aventura começa a dar errado quando um caminho desmorona, deixando-as presas embaixo da terra. Em busca de uma saída, elas deparam-se com criaturas sedentas por sangue. Enquanto sua amizade se deteriora, elas encontram-se numa luta desesperada pela sobrevivência.
Atuação: Todas as garotas vão muito bem - e são extremamente bonitas. São mulheres modernas: independentes, com controle de sua vida pessoal e profissional, emocionalmente estáveis (apesar do trauma por qual Sarah passou) e fortes, mesmo quando colocadas em situações extremas. O acidente de Sarah (Shauna Macdonald) é o elo que liga todas, e principalmente Juno (Natalie Mendoza), a viciada em adrenalina que lidera o grupo. O acidente, aliás, é usado como desculpa pela "perda de controle" existente no final - o que torna tudo muito plausível, afinal.
Roteiro: Neil Marshall não se entrega ao terror logo de cara. Ele constrói um trauma - a perda da família -, reune as amigas novamente, gasta um pouco de tempo falando em suas ambições, namorados, expectativas de vida, etc, até atirá-las dentro da caverna. Dentro do pesadelo. Mesmo lá dentro, a coisa acontece aos poucos. Chegamos a pensar que não é necessário de monstros para tornar a aventura angustiante e perigosa. Mas quando eles aparecem, ficamos ainda mais satisfeitos. O final - apesar de muitos não aprovarem - é simplesmente fantástico. Confesso que fiquei com vontade de ver um final mais "hollywood", mas realmente está bom como está.
Direção: Neil Marshall (do descontraído Dog Soldiers) tem um desempenho soberbo. O filme vai construíndo um clima desesperador com eficiência. A fotografia é outro grandes destaque: belíssimas locações e belíssimas cenas, Há uso inteligentíssimo da luz: do começo "frio" e azulado acima da superfície; à descida amarelada e cada vez mais sombria; ao aparecimento das criaturas, numa sucessão de cenas quentes (vermelhas), mornas (verdes) e frias (azul, novamente). A sacada da câmera de mão - o verde mais "frio" do filme - é muito bacana. Marshal cria um "código" de identificação com as cores para você saber qual dos grupos está acompanhado no momento. As lutas entre elas e as criaturas - frágeis, mas nem por isso menos ferozes - são bem desempenhadas e assustadoras: imploramos para que elas dêem um tempo. Há um paralelo entre a descida pela caverna e o "subida" da velocidade dos acontecimentos: quanto mais elas descem, mais rápido suas vidas são postas em jogo. Soberbo.
Depois de tudo: Neil Marshall conseguiu um feito extraordinário: juntar uma premissa que parece simples (um grupo de amigas reúnem-se para explorar uma caverna) e transformá-lo num filme apavorante. Tudo funciona bem em The Descent: roteiro, atuações, roteiro, fotografia. Mas funciona principalmente por que conseguimos criar empatia pelas personagens - elas são excepcionalmente bem trabalhadas.
Fiquei tentado em comentar o cartaz do filme:
"Do mesmo estúdio que trouxe SAW e HOSTEL" - eles deveriam se envergonhar disso, e não o contrário!
"O melhor thriller de horror desde Alien" - provavelmente!
"O mais assustador filme de terror em anos" - com certeza: se não é isso, fica perto.
Numa palavra: FANTÁSTICO!
Personagem favorita: Sarah, sem dúvida!
"O melhor thriller de horror desde Alien" - provavelmente!
"O mais assustador filme de terror em anos" - com certeza: se não é isso, fica perto.
Numa palavra: FANTÁSTICO!
Personagem favorita: Sarah, sem dúvida!
Amo esse filme. Um dos melhores do ano passado. Comprei edição especial por 10 pila em Buenos Aires.
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