20 setembro, 2007

THE LOST EMPIRE

Ninjas discretos com suas "estrelas" hipnóticas assassinas 

Gênero: Filme B de Artes Marciais 

Ano: 1985 

Com: Melanie Vincz (Angel Wolfe), Raven De La Croix (Whitestar), Angela Aames (Heather), Paul Coufos (Rick) 

Direção: Jim Wynorski 

Argumento: Após o policial Rob Wolfe ser morto enquanto tentava parar uma gangue de ninjas de assaltar uma joalheria, sua irmã, a policial Angel Wolfe, decide vingar sua morte. Sua investigação leva ao misterioso Dr. Sin Do, que supostamente é assessorado pelo necromante mago Lee Chuck. O doutor está promovendo um concurso de artes marciais no seu forte secreto. Lá, Angel, após juntar-se com duas amigas lutadoras (Raven e Angela), entra no torneio a fim de dar umas porradas em Sin Do e seu mago morto-vivo em nome do seu irmão.


Nossa heroína, a (nem sempre) durona Angel Wolfe 

Sinopse: Após ler o argumento acima, você se pergunta: "Diabos, onde está o Império do título?". Seguinte: para aumentar a enrolação, existe uma história sobre a Lemúria antiga, onde todo o poder desta incrível civilização perdida foi colocada em duas orbes que, se juntadas novamente, podem dar o poder do mundo para quem as possuir. Onde isso se encaixa no roteiro? Em algum lugar entre as intenções de Sin Do e Lee Chuck (que não sejam curtir garotas semi-nuas lutando).
Nota: 4


"Quietas, isto não é um piquenique! 

Atuação: Qual? As "atrizes" são três gostosas peitudas, que usam pouca roupa e atiram frases extremamente não-convicentes. Uma delas merece ser citada: Raven Delacroix, a esquecida bimbo do Up! de Russ Meyer, como a "índia" Whitestar. O filme é produzido por ela e ela aparece em nu frontal no finalzinho. Outro que merece ser lembrando é Angus Scrimm, o malvadão Sin Do, da série Phantasm. Mas o destaque vai mesmo para Paul Coufos, como o interesse romântico de Wolfe, Rick. Cara, o bigodinho canastrão não deixa ninguém ter dúvida de que se trata de um belo exemplar do cinema B.
Nota: 3


Raven de la Croix "vestida" de Whitestar 

Roteiro: Depois de ler a sinopse e o argumento, não preciso mais comentar, preciso? Qualquer filme que tenha frases do tipo "Se você for à escola, punk, melhor aprender a contar" merece ser posto em um altar e reverenciado simplesmente por ter sido filmado.
Nota: 3,5


Prefiro não saber como esse chicote entrou na prisão... 

Desenvolvimento: Ed Wood! Jim Wynorski bebeu da fonte Dele para fazer um exploitation estupidamente estúpido! Todas as coisas realmente (des)agradáveis que você poderia esperar de um filme B estão lá: péssima atuação, roteiro cheio de balões, figurinos esdruxúlos, decoração de set precária e efeitos "especiais" ruins até mesmo pra época. A edição, apesar de inúmeros erros de raccord, é bem boa. O mais bacana é que o filme faz o favor de não se levar a sério em nenhum momento (o que faz dele, apesar de possuir a mesma premissa de muitos filmes do Van Damme, bem mais "assistível" que os filmes do dito cujo). Como a intenção do filme é ser um filme B com mulheres gostosas em roupas sumárias lutando, considero-a inteiramente cumprida!
Nota: 7 

Total*: - 56% 

B-Factor: Além de tudo acima, algumas coisas ainda merecem ser mencionadas. A primeira aparição de Wolfe já é clássica: ela aparece toda de preto, do capacete aos coturnos, pilotando furiosamente uma Kawasaki. Invade um jardim de infância onde crianças são mantidas reféns pelo grupo de ladrões mais imbecis dos filmes B e detona todo mundo. Obviamente que ela teve a "ajudinha" de um dos ladrões, que resolveu desafiá-la com canivete enquanto ela exibia desafiadoramente seu .38. Outras cenas memoráveis incluem a "conjuração" de Whitestar (Raven), surgida no meio de uma aldeia indígena; a luta na prisão de Heather (Angel) contra uma detenta que não veste-se com o uniforme do encarceiramento (ela tá mais para uma S&M Queen do que prisioneira); Paul Coufos sendo "assediado" por dois gays caricatos; e a cena inicial, onde um velhinho chinês fica cuidando os peitos da sua cliente sem perceber que sua loja está lotada de ninjas com intenções no mínimo duvidosas.


Num filme destes não poderia faltar uma aranha-robô, poderia? 

Quem? Jim Wynorski é mais um dos diretores com tradição de esconder-se atrás de pseudônimos devido à quantidade de porcarias que fazem. Assim, ele é conhecido também como H.R. Blueberry, Harold Blueberry, Bob E. Brown, Daniel Fast, David Gibbs, Heny Henri, Noble Henri, Nobel Henry, Noble Henry, Tom Popatopolous, Arch Stanton, Jamie Wagner, Thaddeus Wickwire e, mais frequentemente, Jay Andrews. Somente assim ele foi capaz de dirigir 68 filmes, segundo o IMDB, e continuar na ativa, com diversas produções direto para vídeo e TV. Atualmente, está dirigindo The Breastford Wives (sim, Breadford Wives versão sexploitation, hooray!). 

Depois de tudo: Um sério concorrente para o título de PIOR filme de todos os tempos. É sem sentido e estúpido, mas também é divertido, ágil e repleto de belas garotas com pouca - ou nenhuma - roupa. Uma bela maneira de se perder uma tarde! 

Frase favorita: "Eu odeio aranhas-robôs"

*Filmes B tem suas cotações invertidas. ; )

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